A ENFERMIDADE CARDIOVASCULAR NA MULHER

A prevalência de enfermidade cardiovascular em mulheres tem crescido de maneira trascendente nos últimos anos, tendo se transformado na principal causa de morte em mulheres. Segundo dados estatísticos da American Heart Association durante o ano 2000 faleceram 515.661 mulheres devido a eventos cardiovasculares nos Estados Unidos e 254.630 mulheres sofreí um Infarto Agudo de Miocárdio por ano, apesar disso a maioria erra no reconhecimento dos sintomas cardiovasculares. Este erro no reconhecimento de sintomas se deve basicamente a que não existe na população feminina conciência da prevalencia desta enfermidade na mulher. Segundo dados de enquetes, a metade das mulheres identificam o câncer como principal problema de salúde, e só 13% nomeou as enfermidades cardiovasculares.

Existem certas condições que diferenciam a enfermidade isquêmica na mulher não só no que diz respeito a seu diagnóstico, mas também respeito ao modo de encarar seu tratamento; como por exemplo a presença de enfermidade coronária mais difusa, com vasos de menor calibre, independente da superficie corporal e uma maior tendência à disfunção endotelial e ao espasmo vascular. Segundo um estudo recentemente publicado a mortalidade por Infarto Agudo de Miocárdio foi 8.64% maior nas mulheres e isto devido a que a taxa de angiografias e intervenções percutâneas em mulheres foi significativamente menor e independente da idade. Por outra parte a coronário-grafía conduziu a uma intervenção percutânea com maior freqüência na população masculina do que na feminina.

No próximo Congresso SOLACI 2007, teremos a oportunidade de poder aprofundar nosso interesse, esclarecer dúvidas e atualizarmo-nos neste tema e outros temas relacionados com a enfermidade cardiovascular na mulher, na sessão conjunta com a Fundação Cardiológica Argentina a realizar-se a quarta-feira 4 de julho.